sábado, 16 de março de 2013

Isto da felicidade e dos sonhos é do caraças...

Desde há uns tempos, e a propósito de algumas situações que se vão passando aqui no nosso dia-a-dia, que eu e um amigo discutimos a temática da felicidade e dos sonhos. 

Mas afinal, o que é que nos faria realmente (mas MESMO) felizes? E quantos sonhos ainda temos por realizar? Será que depois de os realizarmos, vamos sentir que somos pessoas mais completas?

A minha resposta a cada uma destas perguntas é sempre a mesma. Não sei. Eu sei de muitas coisas que gostaria de fazer/ter, sei que isso me deixaria extremamente feliz (acho), mas é-me impossível saber qual o meu verdadeiro limite no que toca a felicidade. Primeiro, porque na minha opinião, o ser humano nunca é totalmente realizado, e no caso de um ser humano ambicioso, atingir a plenitude e a satisfação (diga-se felicidade (?)), são coisas extremamente complicadas. Segundo, porque todas estas coisas dependem da situação em que as pessoas se encontram em determinado momento das suas vidas, e a vida dá muita volta. Muita volta mesmo. E por isso, nós e as nossas ambições/sonhos/ideia de felicidade também mudamos. 

Também na minha opinião, os sonhos são uma das melhores e das piores coisinhas que se pode ter. Calma. Melhor, porque se não fossem os sonhos, nunca saíamos da cêpa torta, como se diz na minha terra. É por sonharmos e querermos mais para nós e para as nossas vidas, que de facto temos o impulso, e ganhamos a coragem para as fazer. A pior, porque nos podem também levar à angústia e à frustração de não os vermos realizados. Uma das coisas que mais me assusta quando penso na velhice, por exemplo, é olhar para aquilo que vivi e achar que podia ter feito muito mais. Sentir-me pequena e insatisfeita. E isto é uma merda.

(Quem me estiver a ler neste momento vai achar que somos uns insatisfeitos, resmungões, que estamos de mal com a vida e que não regulamos muito bem das ideias. É verdade. Mas também não é assim todos os dias...)

Por exemplo. Eu tenho 24 anos, e desde muito nova (praí desde os 12 anos) que sonhava em viver no estrangeiro. Nessa altura não fazia a mínima ideia do que ia ser quando crescesse, e a que estrangeiro me referia exactamente. Lembro-me de sonhar com Tóquio e Nova Iorque. Na altura queria ser professora de matemática (Valha-me Deus. Não que haja alguma coisa de errado com isso, mas a vida dá muita volta mesmo. E o que é que uma professora de matemática iria fazer para uma destas cidades?!?...). Não fazia ideia que aos 15 me ia dar na cabeça para seguir por caminhos científicos nunca antes navegados, e que aos 17 me ia apetecer estudar Bioquímica, e que aos 22 me ia dar para estudar Neurobiologia e que ia gostar daquilo como o raio. De facto, realizei o meu sonho. Vivo no estrangeiro e a fazer aquilo de que gosto muito. Nesse sentido, e na opinião de grande parte das pessoas que me conhecem, isto é aquilo a que se chama "living the dream". Mas então depois, quando estou a viver o sonho, apercebo-me de que existem milhentas coisas que ainda tenho que fazer, e que acho que se não as fizer, isto no final é capaz de ter um sabor bastante amargo. Que raio de inquietação estúpida.

Apesar disto tudo, existe uma coisa que me sossega o espírito. E que é também só uma opinião. Todos nós somos diferentes, e todos nós a partir de certa altura temos a capacidade (e eu espero que faça bom uso da minha) de definirmos quais são as dimensões que fazem parte da NOSSA felicidade. O que nos deixa mais felizes. Seja a carreira, a vida familiar, o amor, a paixão, a liberdade, entre muitas outras. Cabe-nos a nós, em determinada altura da nossa vida, definir o que realmente importa. E definir também quantas destas dimensões queremos incluir ao longo da nossa vida, onde e com quem.

Pronto, é isto (caramba, que isto foi um post daqueles que me deixou os pirolitos a dar voltas. Espero que a vocês também).

E eu não era para fazer isto, mas vou. Está aqui o primeiro desafio do blogue (Detesto o nome rúbrica. E não me venham dizer que este nome não é muito melhor, porque é). E o primeiro tem como tema "Um dia tenho mesmo que ...".

É só porque gostava de perceber de que são feitos os sonhos de pessoas diferentes, e quantas ideias diferentes de felicidade podem existir (deixem-se de vergonhas, que eu tenho visto as estatísticas do blogue. Já não tenho 0 leitores. São praí uns 5). Pá, podem ser coisas pequenas ou grandes, coisas que gostassem de ter, ou de fazer, viagens, profissões, etc etc...
Contem-me tudo. Comentem ou se se sentirem tímidos, enviem mail para oblogdaquelatipa@gmail.com, vá. 


Eu vou ser a primeira, no post seguinte.

2 comentários:

  1. Oh well...

    http://4.bp.blogspot.com/-6Qtsxa6FqpM/UNTCdKmbGJI/AAAAAAAAES4/qbR63PSU7ZM/s1600/Before-I-Die-Savannah-by-Trevor-Coe.jpeg

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    1. Pá, tens que ver se fazes uma selecçãozinha nisso Gerente! Ou se calhar não. Sonhar é bom. :)

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